Os métodos da estratigrafia classificam-se em paleontológicos, químicos e físicos. Quando aplicados ao estudo das rochas, estes métodos permitem o estabelecimento de correlações entre unidades estratigráficas e é essa a sua maior vantagem, todavia as suas aplicações não ficam por aqui. Eles também são usados para conhecer e descrever as rochas de um determinado local.
O método que escolhi desenvolver é a magnetostratigrafia
1- Pressupostos e características
A existência do campo magnético terrestre era já conhecida desde os séculos XV e XVI, especialmente pelas observações dos navegadores portugueses e espanhóis nas suas viagens através da utilização da bússola.
Quando a estratigrafia se começou a impor como ciência e as rochas começaram a ser estudadas mais profundamente descobriu-se o “magnetismo remanescente” que mais não é que um magnetismo "fóssil" registado em minerais magnéticos e cuja polaridade indica a orientação do campo magnético terrestre aquando da cristalização ou recristalização destes minerais (ígneos ou metamórficos) Também pode ser registado em sedimentos com partículas de minerais magnéticos, como a magnetite, que ao depositar-se se dispõe segundo as linhas de fluxo magnético terrestre da altura.
Foi ao estudar o magnetismo remanescente nestes minerais magnéticos em rochas de diferentes idades (paleomagnetismo) que surgiram as primeiras evidências de que o campo magnético havia variado ao longo do tempo geológico. Estas variações podem ser de apenas alguns graus, ou então completas “inversões” em que a polaridade do campo magnético é invertida. Chamamos “polaridade normal” à disposição actual dos pólos magnéticos, em que as linhas de fluxo do campo magnético vão desde o pólo sul magnético até ao pólo norte magnético. Já a “polaridade inversa” é justamente o contrário. Os fluxos invertem e dirigem-se desde o pólo norte magnético até ao pólo sul magnético.
O método que escolhi desenvolver é a magnetostratigrafia
1- Pressupostos e características
A existência do campo magnético terrestre era já conhecida desde os séculos XV e XVI, especialmente pelas observações dos navegadores portugueses e espanhóis nas suas viagens através da utilização da bússola.
Quando a estratigrafia se começou a impor como ciência e as rochas começaram a ser estudadas mais profundamente descobriu-se o “magnetismo remanescente” que mais não é que um magnetismo "fóssil" registado em minerais magnéticos e cuja polaridade indica a orientação do campo magnético terrestre aquando da cristalização ou recristalização destes minerais (ígneos ou metamórficos) Também pode ser registado em sedimentos com partículas de minerais magnéticos, como a magnetite, que ao depositar-se se dispõe segundo as linhas de fluxo magnético terrestre da altura.
Foi ao estudar o magnetismo remanescente nestes minerais magnéticos em rochas de diferentes idades (paleomagnetismo) que surgiram as primeiras evidências de que o campo magnético havia variado ao longo do tempo geológico. Estas variações podem ser de apenas alguns graus, ou então completas “inversões” em que a polaridade do campo magnético é invertida. Chamamos “polaridade normal” à disposição actual dos pólos magnéticos, em que as linhas de fluxo do campo magnético vão desde o pólo sul magnético até ao pólo norte magnético. Já a “polaridade inversa” é justamente o contrário. Os fluxos invertem e dirigem-se desde o pólo norte magnético até ao pólo sul magnético.
Estes conhecimentos levaram à criação da escala magnetocronostratigráfica e ao estabelecimento da magnetostratigrafia como ciência independente e como método de correlação bastante importante.
2- Técnicas utilizadas
As rochas normalmente apresentam uma segunda magnetização, muito mais recente que a magnetização remanescente original, e que é imposta pelo campo magnético actual. Ocorre principalmente devido a modificações durante a meteorização superficial das rochas. Para medir correctamente a magnetização remanescente é necessário desmagnetizar parcialmente a rocha de modo a retirar esta segunda magnetização e evitar erros.
É possível medir a magnetização das rochas, no entanto este é um processo laborioso e delicado em que é necessário tomar muitas precauções. O que se faz é tentar medir a orientação preferencial dos minerais magnéticos mas na posição original da rocha (normalmente horizontal, sem sofrer deformações), expressando essa posição em coordenadas geográficas.
No início é necessário colher uma amostra. O caso mais simples é a recolha de amostras no campo com o martelo de geólogo. Todavia há que ter em conta alguns pormenores, por exemplo a amostra tem de ser um troço de um estrato bem formado e tem de ter dimensões de cerca de 15x10x10.
O processo de medição da magnetização compreende 3 fases:
2- Técnicas utilizadas
As rochas normalmente apresentam uma segunda magnetização, muito mais recente que a magnetização remanescente original, e que é imposta pelo campo magnético actual. Ocorre principalmente devido a modificações durante a meteorização superficial das rochas. Para medir correctamente a magnetização remanescente é necessário desmagnetizar parcialmente a rocha de modo a retirar esta segunda magnetização e evitar erros.
É possível medir a magnetização das rochas, no entanto este é um processo laborioso e delicado em que é necessário tomar muitas precauções. O que se faz é tentar medir a orientação preferencial dos minerais magnéticos mas na posição original da rocha (normalmente horizontal, sem sofrer deformações), expressando essa posição em coordenadas geográficas.
No início é necessário colher uma amostra. O caso mais simples é a recolha de amostras no campo com o martelo de geólogo. Todavia há que ter em conta alguns pormenores, por exemplo a amostra tem de ser um troço de um estrato bem formado e tem de ter dimensões de cerca de 15x10x10.
O processo de medição da magnetização compreende 3 fases:
1ª fase: Desmagnetização – Pretende retirar as magnetizações subsequentes à magnetização original de modo a que os minerais fiquem apenas com a orientação do campo magnético original
2ª fase: Esta fase consiste na medição da orientação dos minerais magnéticos.
3ª fase: Esta é a fase em que os dados obtidos, resultante das amostras de cada localidade são submetidos a um tratamento estatístico, indispensável para tornar os resultados mais fiáveis.
3 - Aplicação na estratigrafia
Em primeiro lugar há que indicar que este método implica o conhecimento das secções magnetostratigráficas numa sequência, ou seja, os diferentes intervalos de rocha que apresentam polaridade normal ou inversa. Podem usar-se estas inversões de polaridade como um excelente critério de correlação, pois elas ocorrem simultaneamente por toda a terra, o que quer dizer que as rochas formadas nessas alturas têm a mesma polaridade independentemente da sua distribuição geográfica.
A partir desta excelente característica vemos que é fácil correlacionar materiais marinhos com continentais, o que não ocorre com outros métodos, que apenas permitem efectuar estas correlações separadamente.
No entanto este método está longe de ser perfeito, pois possui importantes limitações, sendo a mais importante, a necessidade de se usar este método em conjunto com outros, já que por si só a magnetostratigrafia não pode ser utilizada ao seu nível máximo. Quando se delimitam os intervalos de polaridade normal e inversa numa secção estratigráfica, todos eles são idênticos e não existe nenhum critério que permita assegurar que um intervalo concreto corresponde a outro igualmente concreto de outra secção estratigráfica. É necessário algum critério que permita estabelecer uma correlação inicial entre as duas secções estratigráficas, e é por isso que a biostratigrafia (biozonas) ou a litostratigrafia (unidades litostratigráficas) são usadas em conjunto com a magnetostratigrafia (unidades de polaridade) de modo a estabelecer estas correlações.
Referências bibliográficas:
Torres, J. A. V. 1994, Estratigrafia, Princípios y métodos, Editorial Rueda, S.L.,Madrid
3 - Aplicação na estratigrafia
Em primeiro lugar há que indicar que este método implica o conhecimento das secções magnetostratigráficas numa sequência, ou seja, os diferentes intervalos de rocha que apresentam polaridade normal ou inversa. Podem usar-se estas inversões de polaridade como um excelente critério de correlação, pois elas ocorrem simultaneamente por toda a terra, o que quer dizer que as rochas formadas nessas alturas têm a mesma polaridade independentemente da sua distribuição geográfica.
A partir desta excelente característica vemos que é fácil correlacionar materiais marinhos com continentais, o que não ocorre com outros métodos, que apenas permitem efectuar estas correlações separadamente.
No entanto este método está longe de ser perfeito, pois possui importantes limitações, sendo a mais importante, a necessidade de se usar este método em conjunto com outros, já que por si só a magnetostratigrafia não pode ser utilizada ao seu nível máximo. Quando se delimitam os intervalos de polaridade normal e inversa numa secção estratigráfica, todos eles são idênticos e não existe nenhum critério que permita assegurar que um intervalo concreto corresponde a outro igualmente concreto de outra secção estratigráfica. É necessário algum critério que permita estabelecer uma correlação inicial entre as duas secções estratigráficas, e é por isso que a biostratigrafia (biozonas) ou a litostratigrafia (unidades litostratigráficas) são usadas em conjunto com a magnetostratigrafia (unidades de polaridade) de modo a estabelecer estas correlações.
Referências bibliográficas:
Torres, J. A. V. 1994, Estratigrafia, Princípios y métodos, Editorial Rueda, S.L.,Madrid
Nenhum comentário:
Postar um comentário